sábado, 19 de março de 2011

Cópia Fiel

Cópia Fiel. Diálogos inteligentes, sutileza de linguagem, jogo de ambiguidades e ironia, verso e reverso, verdadeiro e falso, chiaro-escuro, superfície e profundidade, ficção e realidade, perguntas sem respostas; sem conclusões, sem final, sem lições de moral. Tudo isso somado a atuações impecáveis.
Filme brilhante na sua complexa simplicidade. Kiarostami surpreendeu, rompendo fronteiras linguísticas e espaciais num exercício de desterritorialidade. Irã-França-Itália-Inglaterra ocupam ao mesmo tempo um mesmo espaço. Dá para sentir uma aproximação entre o melhor do cinema iraniano e o melhor do cinema francês, algo entre Rohmer e Truffaut, com tempero italiano à la Antonioni.